José de Sousa Saramago |
Em 1924, parte, com os pais, para Lisboa e foi lá que
fez a escola primária, mudando depois para a escola secundária, onde ficou
apenas dois anos, por falta de recursos económicos. Foi para uma escola
profissional e, durante cinco anos, aprendeu a ser serralheiro-mecânico, sendo
este, aliás, o seu primeiro emprego, depois de terminado o curso. Nessa altura
já começara a frequentar, em horário pós-laboral, uma biblioteca pública, em
Lisboa. E foi aí, sem qualquer ajuda ou indicação, apenas com curiosidade e vontade
de aprender, que o seu gosto pela leitura se desenvolveu e refinou.
Exerceu, depois deste primeiro emprego, diversas
profissões: desenhador, funcionário administrativo da saúde e da previdência
social, editor, tradutor e jornalista.
Publicou o seu 1.º livro, o romance Terra do
Pecado, em 1947, tendo estado depois muito tempo (cerca de 19 anos) sem
publicar.
Trabalhou durante 12 anos numa editora, onde exerceu
funções de direção literária e de produção. Colaborou, como crítico literário,
na revista Seara Nova.
Em 1972 e 1973 fez parte da redação do jornal Diário
de Lisboa, onde foi comentador político.
Em Abril e Novembro de 1975 foi diretor-adjunto do
jornal Diário de Notícias.
Em 1993 transferiu a sua residência para a ilha de
Lanzarote, no arquipélago das Canárias, em Espanha.
Mais recentemente, em 1998, com 75 anos, foi o 1.º
escritor português a ser galardoado com o Prémio Nobel da Literatura.
Foi doutor “honoris causa” pelas Universidades de
Turim (Itália), Manchester (Inglaterra), Sevilha, Toledo e Castilla-la-Mancha
(Espanha), Brasília, Évora e Coimbra. Foi ainda membro “honoris causa” do
Conselho do Instituto de Filosofia do Direito e de Estudos Histórico-Políticos
da Universidade de Pisa; foi membro da Academia Universal das Culturas, de
Paris; membro correspondente da Academia Argentina de Letras e membro do
Parlamento Internacional de Escritores em Estrasburgo.
Foi também um dos mais premiados autores da nossa
literatura. Entre muitos outros galardões, recebeu:
- Prémio Internacional Literário Mondello (Palermo) em
1992, pelo conjunto da obra;
- Prémio Literário Brancatti (Sicília), em 1992, pelo
conjunto da obra;
- Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de
Escritores (APE), em 1993;
- Prémio Consagração SPA (Sociedade Portuguesa de
Autores), em 1995;
- Prémio Camões, em 1995;
- Prémio Nobel da Literatura, em 1998.
O célebre autor de Memorial do Convento morreu a 18 de Junho de 2010.
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